Baixa de ativos imobilizados, quando e como fazer de forma correta

Baixa de ativos imobilizados, quando e como fazer de forma correta

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Manter o controle adequado dos ativos imobilizados é essencial para a saúde contábil e financeira de qualquer empresa. No entanto, muitos gestores negligenciam um ponto importante nesse processo: a baixa de ativos que já não fazem mais parte da estrutura patrimonial.

 

Imagine que sua empresa mantém em seu balanço bens que já foram vendidos, doados, descartados ou estão inoperantes há anos. Essa prática pode gerar distorções nas demonstrações contábeis, afetar indicadores financeiros e, em auditorias, trazer questionamentos que poderiam ser evitados com um processo bem estruturado de baixa.

 

O que significa dar baixa em um ativo?

A baixa de ativo imobilizado representa a exclusão de um bem do patrimônio da empresa. Isso ocorre quando o item em questão deixa de trazer benefícios econômicos futuros ou deixa de existir fisicamente, tornando-se inadequado para uso.

 

Ela pode ser total, quando o bem é totalmente retirado da contabilidade, ou parcial, quando apenas uma parte do ativo é descontinuada — como no caso de melhorias feitas em um equipamento que foi desmontado. A baixa precisa ser registrada de forma transparente e precisa nos livros contábeis para manter a integridade dos dados patrimoniais da empresa.

 

Portanto, a baixa de ativo imobilizado não é apenas um procedimento técnico — ela é uma ação estratégica que impacta diretamente os relatórios financeiros e a credibilidade da empresa perante o mercado e órgãos fiscalizadores.

 

Motivos mais comuns para baixa

Entre os motivos mais frequentes para a baixa de ativo imobilizado, destacam-se:

 

  • Descarte por obsolescência ou inoperância: equipamentos que não funcionam mais ou perderam utilidade.
  • Venda ou transferência do bem: quando o ativo deixa de fazer parte do patrimônio da empresa.
  • Doação ou sinistro: bens que foram doados a terceiros ou perdidos por roubo, incêndio, enchente, entre outros.

 

Cada uma dessas situações exige um tipo específico de registro e, muitas vezes, documentação comprobatória. Além disso, o valor contábil líquido remanescente do bem — se houver — precisa ser tratado corretamente no momento da baixa.

 

Ignorar a realização da baixa nesses casos gera distorções no valor dos ativos e pode comprometer a tomada de decisão e o planejamento estratégico.

 

Procedimentos fiscais obrigatórios

Do ponto de vista fiscal, a baixa de ativo imobilizado deve seguir normas contábeis e tributárias específicas, como as diretrizes do CPC 27 e da Receita Federal. A baixa impacta diretamente no cálculo da depreciação acumulada e pode gerar efeitos no lucro tributável da empresa.

 

Além disso, quando a baixa resulta da venda de um ativo, é preciso observar a tributação sobre ganho de capital. Já em casos de sinistros ou doações, o bem deve ser retirado do ativo com base na legislação vigente, sendo exigido laudo técnico ou documentos que comprovem o fato.

 

A empresa também deve manter registros atualizados no controle de baixa patrimonial e no seu sistema ERP, garantindo que os dados estejam alinhados com a contabilidade oficial.

 

Como documentar a baixa corretamente

Registrar a baixa de forma adequada exige atenção a três pilares: prova documental, registro contábil e atualização dos controles internos.

 

  • No caso de descarte, recomenda-se emitir um termo de baixa ou laudo técnico assinado por profissional responsável.
  • Para vendas, a nota fiscal de venda do bem deve ser arquivada.
  • Em casos de sinistro, é necessário apresentar boletim de ocorrência, laudo pericial ou comunicação formal ao seguro.

 

O controle de baixa patrimonial deve ser atualizado imediatamente após o evento, refletindo as alterações na ficha do ativo e no inventário físico. Assim, a empresa mantém sua base de dados limpa, auditável e alinhada com as exigências contábeis.

 

Impactos financeiros e fiscais

A baixa de ativo imobilizado afeta diretamente o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. Caso o ativo ainda tenha valor contábil líquido no momento da baixa, o valor é lançado como despesa no resultado do exercício.

 

Além disso, o processo impacta a depreciação acumulada e o valor do ativo total apresentado no balanço, podendo interferir na análise de indicadores como retorno sobre o ativo (ROA), imobilização de capital e rentabilidade.

 

Empresas que realizam uma gestão eficiente de baixa patrimonial estão mais preparadas para auditorias, fusões, aquisições e planejamentos fiscais. A acuracidade nos dados patrimoniais é uma vantagem competitiva real.

 

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Melhore seu controle de ativos

Muitas empresas ainda negligenciam a importância de manter o ativo imobilizado devidamente atualizado. Manter bens obsoletos, inoperantes ou inexistentes no balanço pode prejudicar os relatórios gerenciais, a avaliação da saúde financeira e até mesmo causar inconsistências em processos de auditoria.

 

A baixa de ativo imobilizado não é apenas uma exigência técnica, mas uma boa prática de governança. Ela demonstra maturidade na gestão contábil e patrimonial, contribuindo para decisões mais assertivas e seguras.

 

Se sua empresa precisa de apoio técnico para organizar o controle patrimonial, revisar os ativos e realizar baixas de forma segura e conforme as exigências legais, fale com a equipe da RRK Soluções Patrimoniais. Estamos prontos para ajudar você a manter sua contabilidade eficiente e sua empresa ainda mais transparente.

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