Inventário de bens patrimoniais: erros comuns e como evitar

Inventário de bens patrimoniais: erros comuns e como evitar

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Inventário de bens patrimoniais: erros comuns e como evitar
Inventário patrimonia

O inventário anual de bens é, para muitos gestores, sinônimo de um processo longo, disruptivo e de alto custo. Equipes inteiras pausam suas atividades rotineiras para percorrer a empresa com pranchetas e planilhas. 

A intenção é boa: verificar tudo o que a companhia possui. Contudo, sem um método e planejamento adequados, o esforço pode gerar mais dúvidas do que respostas.

O resultado final de um processo falho é um relatório que nasce obsoleto e pouco confiável. Bens não são encontrados, outros aparecem sem registro e a equipe sente que os números não batem com a realidade. 

O maior problema é que decisões importantes sobre investimentos, seguros e impostos são tomadas com base nesses dados imprecisos. Os erros em inventário patrimonial não são apenas falhas operacionais; são riscos estratégicos.

Felizmente, esses problemas não são uma fatalidade. Eles são sintomas de um processo que pode e deve ser aprimorado. 

Afinal, o que é um Inventário Patrimonial?

Antes de apontar os erros, é fundamental entender o propósito real de um inventário. Ele vai muito além de uma simples contagem de itens nos corredores da empresa.

Mais do que uma simples contagem de itens

O inventário patrimonial é um processo técnico e sistemático. Ele serve para identificar, classificar, etiquetar e verificar a existência e o estado de conservação de todos os bens físicos de uma companhia. Seu objetivo é criar uma base de dados precisa sobre tudo o que a empresa possui, desde um edifício até uma cadeira de escritório.

A ponte entre o mundo físico e o contábil

A principal função do inventário físico de bens é servir como uma ponte entre a realidade física e os registros contábeis. A contabilidade mostra o que a empresa deveria ter. O inventário confirma o que ela realmente tem. A comparação entre esses dois universos é o que garante a acuracidade do balanço patrimonial e a confiabilidade das informações financeiras.

Os 5 erros em inventário patrimonial que custam caro

Identificar as falhas mais comuns é o primeiro passo para criar um processo à prova de erros. Abaixo, listamos os problemas que mais geram prejuízos e retrabalho para as empresas.

  1. Falta de planejamento adequado: iniciar um inventário sem um plano claro é a receita para o fracasso. Equipes sem instruções, áreas esquecidas e critérios de contagem diferentes para cada setor geram um caos de informações inconsistentes e inúteis.
  2. Equipe sem treinamento específico: alocar funcionários de outras áreas, sem treinamento prévio, para realizar o inventário é um erro comum. Eles podem não saber diferenciar tipos de máquinas, descrever um bem de forma correta ou entender a importância de cada campo da planilha, comprometendo a qualidade dos dados.
  3. Descrição genérica ou incompleta dos bens: anotar apenas “computador” ou “mesa” no relatório é insuficiente. A falta de detalhes como marca, modelo, número de série e características impede o controle individualizado do bem e o cálculo correto da depreciação.
  4. Ignorar ativos de baixo valor (o efeito acumulado): muitas empresas focam apenas nos itens mais caros e ignoram os de menor valor. Embora uma cadeira não pareça relevante, centenas de cadeiras não registradas representam um valor significativo que está fora do balanço. Este é um dos mais frequentes erros em inventário patrimonial.
  5. Ausência de uma conciliação eficaz: o trabalho de campo é apenas a primeira metade. O erro fatal é coletar os dados e não fazer a conciliação, que é o processo de comparar o inventário com a base contábil para identificar sobras (bens encontrados, mas não registrados) e baixas (bens registrados, mas não encontrados).

Manual de boas práticas para um inventário físico de bens eficaz

Evitar os erros em inventário patrimonial exige método e disciplina. Um processo bem estruturado se divide em fases claras, cada uma com seu objetivo.

Fase 1: O planejamento detalhado

O sucesso começa aqui. Um bom planejamento deve incluir:

  • Definição do escopo: determinar quais áreas, filiais e categorias de ativos serão inventariadas.
  • Montagem da equipe: selecionar e treinar os profissionais que irão a campo, definindo líderes e responsabilidades.
  • Cronograma de execução: estabelecer datas de início e fim, considerando o horário de funcionamento da empresa para minimizar interrupções.
  • Comunicação interna: informar todos os setores sobre o inventário, garantindo a colaboração dos funcionários.

Fase 2: A execução em campo

Durante o inventário físico de bens, a metodologia garante a qualidade. A equipe deve seguir um roteiro sistemático, como percorrer cada sala em sentido horário, para não esquecer nenhuma área. 

O ideal é trabalhar em duplas, onde uma pessoa identifica e descreve o bem enquanto a outra registra e etiqueta. O uso de fotos para itens de maior valor também é uma excelente prática.

Fase 3: A conciliação e o saneamento dos dados

Após a coleta, inicia-se a fase de inteligência do processo. A equipe compara item por item da lista do inventário com a base de ativos da contabilidade. As divergências encontradas são investigadas para entender o motivo. Este processo, conhecido como saneamento, é uma parte essencial da gestão de bens empresariais e garante a integridade final dos seus dados patrimoniais.

Ferramentas modernas para um controle físico de ativos eficiente

A tecnologia é a maior aliada para evitar os erros em inventário patrimonial. Ferramentas modernas automatizam tarefas e aumentam a precisão.

  • Do código de barras ao RFID: o código de barras já representou um grande avanço em relação às listas manuais. Hoje, a tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência) permite a leitura de centenas de itens por segundo, sem necessidade de contato visual, tornando o inventário ultrarrápido.
  • Softwares de gestão patrimonial: utilizar um software especializado é fundamental. Ele centraliza as informações, permite o controle do ciclo de vida de cada ativo (da compra à baixa), automatiza o cálculo da depreciação e gera relatórios gerenciais precisos.

O papel das auditorias sobre o inventário

Um inventário bem feito não serve apenas para o controle interno. Ele é uma peça-chave para auditorias externas e para a governança corporativa.

O que os auditores procuram?

Auditores, sejam eles internos ou externos, buscam evidências de um controle físico de ativos robusto. Eles verificam se o processo de inventário é documentado, se os resultados são confiáveis e se as movimentações de bens (compras, transferências, vendas) são devidamente registradas. Um relatório de inventário limpo e bem fundamentado transmite confiança e demonstra uma gestão organizada, um pilar da boa governança corporativa, como apontam especialistas.

Leia também::: Revisão patrimonial, quando e por que fazer na sua empresa

Evite erros no inventário patrimonial

Os erros em inventário patrimonial não são inevitáveis. Eles são, na maioria das vezes, o resultado de um processo ultrapassado e da falta de planejamento. Continuar apegado a métodos manuais em um mundo que exige agilidade e precisão é uma decisão que custa caro, seja em tempo, em dinheiro ou em credibilidade. Evitar essas falhas exige uma mudança de mentalidade: encarar o inventário não como uma tarefa, mas como um processo estratégico.

Um inventário físico de bens executado com precisão é a base para tudo o que vem depois. Ele garante um balanço patrimonial fidedigno, uma apuração de impostos correta, decisões de compra e venda mais seguras e uma visão clara sobre os recursos que a empresa realmente possui. É o alicerce de um controle físico de ativos que gera valor real para o negócio.

Implementar um processo de inventário à prova de falhas, contudo, exige conhecimento técnico, ferramentas adequadas e uma metodologia comprovada. Tentar fazer isso internamente, sem a devida experiência, pode acabar repetindo os mesmos erros de sempre. A parceria com uma consultoria especializada é o caminho mais seguro para garantir um resultado rápido e confiável.

Não deixe que os mesmos problemas se repitam a cada ano em sua empresa. Transforme seu inventário de um centro de custo em uma poderosa ferramenta de gestão. Fale com os especialistas da RRK Soluções Patrimoniais e descubra como nossa metodologia e tecnologia podem garantir a precisão do seu controle patrimonial.

 

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